Estamos todas um bocadinho fartas deste tema por aqui - sim, Leandra Medine é, por si só, um tema. Mas há algo sobre ela que deveria ser, de facto, falado, porque por aqui ela é uma inspiração. Por mais estações que passem, ela continua a ser a minha blogger preferida. Porque é activa, atrevida, tem um senso de estética único, é louca, não tem papas na lÃngua, é engraçada, e não tem medo de mostrar quem é. Isto merecia, assim mesmo, um prémio de personalidade, mas a danada não fez mais nada e criou um blogue. Um super blog, diria, porque não se limita a postar fotos dos looks diários - sem querer tirar crédito a quem o faz, porque há quem o faça, e muito bem! - mas deposita nele toda uma carga de espontaneidade criativa + escrita espantosa, tornando-a merecedora do sucesso que tem tido.
Depois, há a tal temática "Man Repeller", que me tira do sério. Quem é que se lembra de uma coisa destas? Eu gostava de me ter lembrado de uma coisa destas, porque se há coisa com a qual me identifico é com esta coisa da união feminina contra os pensamentos do mal. Digo... masculinos. Embora toda esta ideia de que vestir uma peça tendência x possa ser demais nas cabecinhas dos rapazotes, que podem achar a coisa estranha e, consequentemente, pouco feminina (digo, pouco tradicional), há qualquer coisa muito atraente numa mulher que sabe o que quer, veste o que quer, e tem aquele ar que diz: i-don't-give-a-shit! Porque acho que a coisa funciona mais ao contrário: o esforço é proporcionalmente inverso ao factor atracção, e aqui, a Leandra Medine esteve enganada todo este tempo: não foram as suas roupas (lindas, caras, maravilhosas e inalcançáveis para a maioria dos mortais) que a fizeram parecer um Ãman inverso ao mundo dos homens... Mas sim - e acho que ela percebeu mais tarde - a sua personalidade e atitude. Embora a confiança/ar que diz: i-don't-give-a-shit! possam ser muito atrantes; há nos homens um botão qualquer que desliga mal se aproximam de uma mulher assim: toda cheia de si mesma. Digo: que sabem realmente o que querem e fazem por isso. Digo: que são, simplesmente, inteligentes, e não fingem que não são para tentar encarnar a frágil princesa que precisa de ser salva. Porque estas mulheres têm escrito na testa: afasta-te se achas que eu sou areia demais para o teu camiãozinho.
Fico contente porque existem mulheres como a Leandra Medine a provar que (embora não seja esse o objectivo) é sexy ser-se não sexy, desde que se saiba que se é sexy. E que podemos vestir qualquer coisa (ela é prova factual disso) e ficar o máximo sem qualquer esforço, desde que saibamos que estamos o máximo sem qualquer esforço. E que as princesas evoluÃram para o nÃvel de "Man Repeller", porque a nossa confiança não depende de um elogio esporádico de um homem, mas sim da nossa aprovação no nosso próprio espelho. E que nos dias maus de chocolate na mão e rabo no sofá à frente de um computador, basta calçar o melhor par de sapatos e descer até à rua para fazer qualquer coisa e depois voltar com aquela confiança de filme (como se ouvÃssemos uma música qualquer enquanto caminhamos estilo Carrie). E que - e juro que me calo com esta - o que é que interessa, de todo, o que os homens pensam sobre o que vestimos se - no fundo - nos vestimos para (além de nós mesmas) o olhar crÃtico de outras mulheres?
Who run the world?
GIRLS.
Who run the world?
GIRLS.